O edifício do antigo Hotel de Turismo da Guarda vai ser recuperado pelo grupo MRG, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros.
Foi um processo conduzido pelo Governo, mas não foi o Partido Socialista, no Governo, que ontem na Assembleia Municipal da Guarda aproveitou para fazer o anúncio ou sequer para falar do assunto.
Foi o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, quem revelou que o Hotel de Turismo está finalmente a caminho de reabrir.
Tal como a Rádio já tinha avançado em Novembro do ano passado [ver notícias aqui e aqui], o grupo de empresas de Manuel Rodrigues Gouveia (com origem em Seia mas actualmente com sede em Coimbra) foi o único concorrente admitido à concessão do Hotel de Turismo da Guarda, através do programa REVIVE.
Vai ficar com o edifício durante 50 anos e pagará uma renda anual de 63 mil euros, depois de um investimento de cerca de 7 milhões de euros na recuperação.
Formalmente esta candidatura foi apresentada por um consórcio de empresas – a MRG Property e a MRG Construção – que são duas das cinco sociedades do universo do grupo Manuel Rodrigues Gouveia, que é presidido por Fernando Gouveia, antigo presidente do Núcleo Empresarial da Região da Guarda entre 1997 e 2003.
O novo concessionário do Hotel de Turismo compromete-se a construir e a reabrir nos próximos quatro anos uma unidade “Boutique Hotel”, de 4 estrelas, ligada ao tema da neve, com 50 quatros, restaurante e SPA.
O procedimento foi iniciado em Junho do ano passado, no quadro do programa REVIVE, destinado a ceder a privados a exploração para fins turísticos de três dezenas de imóveis de valor histórico em todo o país.
Tratou-se da solução encontrada pelo actual Governo para a unidade hoteleira da Guarda, encerrada em 2010 e vendida pela Câmara da Guarda em 2011 ao Turismo de Portugal, por 3 milhões e meio de euros.
Com o anterior Governo houve dois concursos, entre 2014 e 2015: um para venda, por 1 milhão e 700 mil euros (que ficou deserto) e outro para arrendamento, por cerca de 5 mil euros mensais, em que o concorrente finalista acabou por desistir.
A mais recente avaliação fixou o valor do imóvel em um milhão e 500 mil euros.
Se o concurso para o programa REVIVE não tivesse ficado resolvido, a Câmara já tinha pedido para o edifício ser posto à venda aceitando a própria autarquia comprá-lo de volta (gastando menos dois milhões de euros do que o montante que recebeu em 2011), para a seguir encontrar um concessionário privado.
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