A Câmara da Guarda, pela voz do vereador com o pelouro do Urbanismo e Ambiente, Sérgio Costa, reagiu hoje publicamente à polémica sobre o abate de árvores na Avenida Cidade de Salamanca, garantindo que os trabalhos em curso nada têm a ver com o estudo encomendado à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tal documento, encomendado em 2014, teve com único fim «avaliar o estado fitossanitário de todo o Parque Arbóreo da Cidade da Guarda» e a execução foi concluída em 2015, refere elemento do executivo, repetindo assim o que já dissera à Rádio ontem [ver notícia anterior aqui].
O vereador explica que em Novembro do ano passado foi encomendado a um gabinete paisagista de Lisboa um outro estudo cujas conclusões «ditaram que por razões fitopatológicas e urbanísticas, seria necessário proceder à substituição de várias árvores» na Avenida Cidade de Salamanca.
Sérgio Costa recorda que este plano foi apresentado no início de Fevereiro, numa sessão pública onde esta foi uma intervenções urbanísticas explicadas pelos autores dos projectos, no âmbito na iniciativa "A Guarda renasce" [recordar notícia aqui]. Sessão para a qual «foi convocada toda a população, tendo sido enviadas 16 mil cartas para toda a cidade da Guarda».
O vereador sustenta assim que foi observada a «vivência democrática» e recorda que os trabalhos «inserem-se num plano geral de intervenção no Parque Arbóreo da Cidade da Guarda», que está a ser executado em três fases distintas. «A primeira fase foi executada em 2015, com a primeira grande intervenção em toda a cidade e posteriormente com o abate de cerca de 15 árvores no Jardim José de Lemos e a plantação de cerca de 30».
Neste momento decorre a segunda fase, «com a substituição das 40 árvores [tílias e cedros] que estão a ser abatidas ao que se seguirá a plantação de 80 árvores de grande porte de outras espécies no mesmo local». A terceira fase «estará concluída até março de 2017, com a plantação em toda a Cidade da Guarda de 2000 árvores, para a qual solicitámos a opinião de diversos organismos sobre os locais a serem escolhidos».
A autarquia fez assim estes esclarecimentos públicos, um dia depois do início da intervenção na Avenida Cidade de Salamanca e quando, além da associação ambientalista Quercus, também uma primeira força política – a CDU – tomou posição contra o abate dos cedros com cerca de meio século.
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