O vereador do PS na Câmara da Guarda, Joaquim Carreira, quer que a autarquia esclareça a posição em relação ao futuro da Escola Profissional. Na última semana de 2013 a Câmara (por maioria, com os votos contra dos dois vereadores socialistas) e a Assembleia Municipal (quase por unanimidade) aprovaram a renúncia do contrato de compra e venda do edifício onde a escola funciona desde 2009. A autarquia esteve quase cinco anos para fazer o negócio que lhe permitiria ser dona do imóvel e cedê-lo depois à escola. Mas a actual maioria recusou dar continuidade, considerando o processo um imbróglio jurídico e classificando o negócio como ruinoso para os cofres da Câmara, que não se quis ver obrigada a pagar um milhão e meio de euros pela compra e 25 mil euros mensais como penalização pelo tempo de espera até que a transacção se efectivasse. Na sessão quinzenal desta segunda-feira, Joaquim Carreira não pôs em causa a legitimidade da nova maioria para decidir como decidiu. Admitiu mesmo que o contrato herdado do anterior executivo também lhe levanta dúvidas. Mas quis chamar a atenção para as responsabilidades da autarquia em relação à Escola Profissional. A desistência da compra daquele edifício em concreto não anula a obrigação da cedência de instalações à instituição cuja estrutura integra, defendeu o vereador.
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