O Partido Socialista vai iniciar aquilo que designa como um «ano quente» de oposição à maioria PSD/CDS na Câmara da Guarda. «Acabaram as desculpas», diz o vereador José Igreja, que anuncia já para a próxima sessão, ou o mais tardar para a seguinte, a apresentação de um estudo sobre as contas do município até Setembro do ano passado, altura em que o PS perdeu a Câmara. Vai ser, na prática, uma contra-auditoria à que Álvaro Amaro deu a conhecer em Abril, que apontava para um passivo total, entre dívida e compromissos, de 91 milhões de euros. O PS tem que se reorganizar na Guarda e fazer um trabalho de fundo que permita apresentar uma «alternativa forte, em torno de um projecto claro» dentro de três anos, alerta a propósito o antigo presidente da Câmara de Seia, Eduardo Brito. «O Dr. Álvaro Amaro é um político experiente e um autarca com qualidades» mas «não é imbatível», considera Eduardo Brito, que atribuiu a derrota do PS nas eleições de 2013 também ao próprio partido: «o PS foi-se afunilando em termos da sua relação com a sociedade». Sugere, por isso, aos socialistas da Guarda «muito trabalho, capacidade de mobilizar gente nova, abrir claramente as portas e ter um projecto político».
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