Incompetência ou acto deliberado para provocar prejuízos? A Polícia Judiciária da Guarda e a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde estão a investigar a origem do corte de energia à máquina de ressonância magnética instalada no Hospital da Guarda. O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Guarda, Carlos Rodrigues, adianta à Rádio que o caso tem «contornos próximos de crime» porque o equipamento terá sido desligado em Abril passado, a partir de uma zona de controlo técnico a que só alguns profissionais têm acesso. O fim do fornecimento de energia danificou componentes de uma máquina que custou cerca de um milhão e 700 mil euros e é a única na rede pública em toda a Beira Interior. A reparação custa pelo menos 100 mil euros e obriga a partir paredes, para que seja retirada pelo fabricante. Enquanto este equipamento – que nunca funcionou – não estiver a operar, os exames de ressonância magnética vão continuar a ser requisitados a centros privados, pelo valor unitário de 125 euros. Carlos Rodrigues garante que está disposto a ir «até às últimas consequências» neste processo, para dissipar «um sentimento generalizado de irresponsabilidade e passa-culpas».
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