Um dia depois de ter aprovado na Assembleia Municipal um voto de protesto ao Governo pela «suborçamentação» da Unidade Local de Saúde da Guarda [ver notícia anterior aqui], o PS anuncia que não houve cortes no orçamento, antes um reforço de mais de 2,1 milhões de euros. Pedro Fonseca, presidente da federação distrital socialista, acompanhado pelo vice-presidente José Luís Cabral, desmentiu assim as denúncias feitas nas últimas semanas pelo PSD [ver notícias anteriores aqui e aqui] acerca da redução das dotações. Este tinha sido também o motivo do protesto do CDS, que teve unanimidade na Assembleia Municipal. Pedro Fonseca esteve presente enquanto vereador e já estaria na posse das informações que permitiriam levar a bancada do PS (liderada pelo presidente da comissão política concelhia, Agostinho Gonçalves) a contestar e a esclarecer os fundamentos da iniciativa que acabou por apoiar. Poderia, por exemplo, ter dado ao grupo municipal indicações para que revelasse que o contrato-programa entre o Ministério da Saúde e a ULS da Guarda tinha sido revisto na sexta-feira anterior. Mas o presidente da federação optou, aparentemente, por fazer uma gestão política própria da informação e reservar-se para a conferência de imprensa que fez na quarta-feira, onde também anunciou que o projecto para a requalificação do pavilhão 5 do Hospital da Guarda está pronto para aprovação e garantiu que a obra não compromete o plano global da segunda fase. Tratou-se da primeira tomada de posição em público de Pedro Fonseca, nestas funções partidárias, a respeito do tema da saúde. Algo que justifica com o facto de só no dia 14 ter ficado concluído o quadro da contratualização entre o ministério e a Unidade Local de Saúde. Fazê-lo antes «era prematuro e era completamente descabido», explicou.
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