
Foram suspenses oito dos 11 bombeiros do Fundão detidos pela PJ por suspeita dos crimes de violação e coação sexual, informou esta quarta-feira o comandante da corporação.
José Sousa adiantou que os elementos em causa foram suspensos por três meses, em resultado do processo de inquérito interno que estava em curso. «São os que constam na queixa que o queixoso me apresentou», acrescentou.
Onze bombeiros voluntários do Fundão foram detidos na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) por serem suspeitos de dois crimes de violação e um de coação sexual, dos quais terá sido vítima um outro bombeiro, de 19 anos, numa praxe.
Presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial, os suspeitos saíram em liberdade, mas oito deles ficaram impedidos de entrar e frequentar o quartel. O Tribunal do Fundão revelou ainda que todos ficaram proibidos de contactos com a vítima.
Estão ainda proibidos de frequentar e permanecer na residência e trabalho da vítima, de se aproximarem desta a menos de 500 metros e proibidos de contactar com os demais arguidos e testemunhas dos autos.
O Tribunal considerou os «elementos de prova recolhidos até ao momento» e entendeu estarem «verificados os perigos de continuação da atividade criminosa, perturbação do decurso do inquérito e perturbação da ordem e tranquilidade públicas».
Três dos bombeiros detidos estão ainda obrigados a apresentações periódicas, uma vez por semana, à quarta-feira, no posto territorial da respetiva área de residência. Seis bombeiros estão indiciados pela prática de dois crimes de violação e um crime de coação sexual, três outros pela prática de um crime de violação e um de coação sexual e dois por crime de violação.
Dois deles estão indiciados por um crime de violação. O Tribunal indicou ainda que nenhum dos 11 bombeiros prestou declarações durante o interrogatório.