O secretário-geral do PS promete que «teremos oportunidade, um dia, de falar com mais detalhe» dos acontecimentos que levaram à derrota do partido nas autárquicas de 2013 na Guarda. Em campanha para as primárias de 28 de Setembro, António José Seguro deslocou-se este domingo à Guarda a pretexto da inauguração das obras de remodelação da sede distrital. Em resposta à pergunta da Rádio, garantiu que não gosta de «olhar para o passado» e declarou que a responsabilidade do Partido Socialista na Guarda passa por «afirmarmos uma alternativa de modo a merecermos nas próximas eleições a confiança que não obtivemos nas eleições passadas», assegurando que «contarão com toda a minha disponibilidade, apoio e entusiasmo para encontrarmos a melhor solução para voltarmos a governar este concelho».
Seguro espera dos militantes da Guarda, no próximo dia 28, «uma retribuição» à «ligação emocional» que diz ter com o distrito «onde pela primeira vez fui cabeça de lista» nas legislativas de 1995. E prometeu apresentar propostas de alteração à lei eleitoral para a Assembleia da República, de modo a permitir a escolha directa e nominal dos deputados.
O presidente da federação distrital do PS, José Albano Marques, que foi eleito pela primeira vez em 2008 com José Sócrates no cargo de secretário-geral e é candidato úncico à reeleição no próximo dia 6, deixou implícita uma crítica ao anterior líder nacional, ao lamentar que «nunca nenhum secretário-geral tinha olhado com a atenção e com o carinho com que António José Seguro olhou para este distrito». Referia-se concretamente aos trabalhos de remodelação da sede, que Seguro veio inaugurar, garantido que eram «uma necessidade» e que «já tínhamos demonstrado esta preocupação a outros secretários-gerais» mas que tais obras só agora foram autorizadas.
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