O cabeça de lista do Partido Socialista pelo círculo da Guarda às próximas eleições legislativas garante que irá imprimir um perfil diferente à acção parlamentar junto da região por onde será eleito.«Serei um deputado presente e irei a todas», promete aquele que foi o último governador civil do distrito. Escolhido sexta-feira pela direcção nacional do PS, Santinho Pacheco adianta que o primeiro desafio é a definição da restante lista, que deverá ser aprovada esta terça-feira pelos órgãos distritais. Será preciso formar a equipa «com pinças» para que seja um elenco «de gente capaz, com provas dadas» que «represente vários estratos sociais e profissionais» e, sobretudo, que seja «representativa da sociedade do distrito, independentemente da origem das pessoas». O primeiro candidato não pretende «acentuar as tais clivagens que nós conscientemente sabemos existirem» entre sectores do PS no distrito e reconhece que será necessário ter em atenção «a sensibilidade de cada local». Mas assegura que não haverá lugares cativos em função do presumível peso de algumas estruturas. No caso concreto do concelho da Guarda, Santinho Pacheco considera que «o partido tem que reganhar a confiança dos guardenses» e que esse deve ser o primeiro propósito de qualquer dirigente partidário. «Aqueles que estão convencidos de que gerindo uma secção partidária com umas dezenas de militantes ou de inscritos têm poder, estão enganados», conclui, sublinhando que «o poder está nos cidadãos, está nas pessoas» e que «a sociedade da Guarda são milhares e milhares de pessoas e para se ganhar eleições são precisos milhares e milhares de votos». É essa, aliás, a lição que o partido deve tirar do resultado das eleições autárquicas de 2013, «um trauma muito profundo» que o antigo governador civil está disponível para ajudar a ultrapassar.
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