Se os projectos forem por diante, a cidade terá um aspecto renovado em boa parte da zona central. Simbolicamente, um dia depois da expiação dos males na queima do Galo do Entrudo a Câmara quis mostrar que, no plano da regeneração urbana, surgem algumas ideias que podem ajudar a Guarda a renascer. Foi este o mote da apresentação. Desde logo, destaca-se outra vez a Rua do Comérico. A segunda versão do projecto proposto há cerca de um ano [ver notícia de então aqui] pelo arquitecto João Madalena inclui agora uma estrutura semi-coberta, que terá iluminação com cambiantes conforme a rua seja apenas pedonal, tenha trânsito automóvel condicionado (hipótese ainda em estudo) ou receba eventos festivos. Esta solução irá estender-se pela Rua Augusto Gil (detrás dos balcões da Praça Velha) e, segundo o autor, pretende-se que passe despercebida durante o dia, valorizando a luz natural, para à noite ser realçada por iluminação cénica de tecnologia LED (de baixo consumo). Aumentar a atractividade daquela zona do centro histórico da Guarda e ajudar a devolver a dinâmica que está na origem da toponímia (Rua do Comércio) são os objectivos declarados pelo arquitecto e pela autarquia. O tempo decorrido permitiu melhorar a ideia, afirmam ambas as partes. O processo ficou há um ano marcado pelas acusações do vereador do PS, Joaquim Carreira [recordar aqui], de que João Madalena não só tinha sido apoiante de Álvaro Amaro como teria cedido o próprio escritório para encontros da campanha da coligação PSD/CDS [lembrar polémica aqui]. Em Abril era comunicada a suspensão do projecto, mas por alegados motivos técnicos [notícia aqui]. Agora ressurge, com a garantia por parte da autarquia de que as obras vão de imediato a concurso. E no horizonte estão também intervenções no largo da Igreja da Misericórdia, na Torre dos Ferreiros, no Jardim José de Lemos e no Parque Municipal.
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