A ciência sobre alterações climáticas está consolidada: as mudanças no clima são um facto e a atividade humana a principal causa; a concentração de gases de efeito estufa está ligada à temperatura média global; a concentração tem aumentado constantemente desde a Revolução Industrial e as temperaturas globais também; o gás de efeito estufa mais abundante, responsável por cerca de dois terços dos gases de efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2), é, em parte, o produto da queima de combustíveis fósseis; o metano, o principal componente do gás natural, é responsável por mais de 25% do aquecimento que estamos a assistir e é um poluente poderoso com um potencial de aquecimento global 80 vezes maior que o CO2 durante os 20 anos que se seguem à sua libertação na atmosfera – Os relatórios científicos são categóricos: a mudança climática é real e as atividades humanas, em grande parte a libertação de gases poluentes da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo ou gás) são a principal razão.
A Cimeira do Clima no Dubai, e após muitos dias de análise e debate, produziu um documento com um compromisso para reduzir o consumo e a produção de combustíveis fósseis, e determinou o princípio do fim do petróleo. Até 2050 o mundo vai caminhar para a redução dos combustíveis fósseis e dentro de 25 anos o petróleo deverá mesmo deixar de ser produzido ou utilizado como energia.
NA COP28, depois de muitas dúvidas, mais de cem países assumiram que é preciso salvar o planeta e que a neutralidade carbónica é possível. A pegada dos combustíveis fósseis tem os dias contados.
É urgente que cada um de nós pense no que faz pela sustentabilidade do planeta; quando nos deslocamos em viatura própria, quando conduzimos um carro a gasolina, quando vamos de avião, quando aplaudimos a fórmula 1 ou outros desportos motorizados, quando somos consumidores excessivos e contribuímos para mais transporte de mercadorias, etc, todo o impacto de pessoas ou empresas sobre o meio ambiente tem consequências… Pensa nisso.
Pedro Nuno ou Carneiro?
O Partido Socialista elege este fim de semana um novo secretário geral. Quase 60 mil militantes escolhem, ontem e hoje, o novo líder dos socialistas entre dois herdeiros de António Costa.
Dos 986 militantes inscritos na Guarda, votaram 811, elegendo 27 delegados ao congresso nacional que irá confirmar o líder. Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro, um deles será o rosto que dia 10 de março irá tentar ganhar as legislativas para o PS. Na Guarda, Pedro Nuno Santos ganhou com 60 por cento dos votos contra 39 de José Luís Carneiro. Apesar de nos últimos dias José Luís Carneiro ter assegurado muitos apoios, tudo indica, que hoje à noite, Pedro Nuno Santos deverá ser confirmado como vencedor desta disputa interna e deverá ser o próximo secretário-geral do Partido Socialista.
O Chumbo do Orçamento na Guarda
O Orçamento da Câmara da Guarda para o próximo ano foi novamente chumbado na reunião da passada quinta-feira, com quatro votos contra e três a favor, os do PG.
PSD e PS mantêm críticas e alegam que a segunda versão do orçamento «não tem alterações significativas» relativamente ao chumbado há 15 dias.
O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse que a oposição está «à defesa» e mostrou-se indignado com o chumbo. Mas a verdade é que Sérgio Costa parece não ter percebido que não tem maioria no executivo, e é estranho que tenha agendado uma segunda votação sem garantias de apoio de algum vereador da oposição. Não basta dizer que este é um bom orçamento, é preciso envolver a oposição para aprovar um orçamento quando não se tem maioria. Depois do chumbo de há 15 dias, Sérgio Costa não podia ter levado a votação o orçamento sem antes o ter negociado devidamente. Assim, foi enxovalhado, o orçamento foi reprovado e ficou a fazer o papel da vítima, mas a verdade é que não soube negociar. O presidente da Câmara da Guarda tem de ter a humildade de negociar e envolver a oposição, senão não pode vir depois a lamentar a falta de apoio para aprovar o orçamento de 2024.
