A Câmara da Guarda celebrou ontem um protocolo de colaboração e um contrato de arrendamento com a multinacional holandesa de gestão de recursos humanos Randstad para instalação de um centro de contacto na cidade, que criará 180 postos de trabalho no prazo de um ano e meio.
A empresa vai ocupar as instalações onde até Setembro de 2013 funcionou um serviço idêntico de uma concorrente, a Adecco, no pavilhão do Parque Municipal (ver notícia aqui). Pela cedência do espaço a Câmara cobrará a renda mensal de 670 euros durante os cinco anos do contrato e compromete-se a fazer obras de adaptação, num valor estimado de 170 mil euros.
A autarquia diz ter imposto cláusulas de penalização, entre elas o pagamento integral das rendas, se e companhia decidir cessar as actividades antes do termo do contrato que agora se inicia.
O director-geral da Randstad em Portugal elogia «a persistência» do presidente da Câmara na captação deste centro de contacto. José Miguel Leonardo diz que se trata de «um momento marcante» (ver notícia aqui) por representar um investimento da empresa Altice (dona da Cabovisão e, agora, da PT), que irá prestar, a partir da Guarda, serviços à operadora de telecomunicações francesa SFR.
O centro de contacto deverá começar a operar em Julho, com cerca de 30 trabalhadores já recrutados para a fase de arranque. Alguns deles, seleccionados pelo Centro de Emprego e Formação Profissional, estiveram presentes esta segumda-feira na sessão pública de assinatura do acordo entre a Câmara e a empresa e do contrato de arrendamento.
Os dois documentos tinham acabado de ser aprovados na reunião quinzenal da autarquia da Guarda mas apenas por maioria, com a abstenção dos vereadores do PS. Os socialistas José Igreja e Joaquim Carreira justificaram o sentido de voto pelo facto de não terem tido acesso ao documento antes da sessão camarária. Álvaro Amaro reagiu declarando que «alguns resposnáveis socialistas preferem continuar a abster-se do desenvolvimento da Guarda».
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