O Partido Socialista da Guarda «ainda existe»? Foi esta a pergunta levantada, no debate político “Quarto Poder”, por um dos intervenientes.
Tiago Saraiva Gomes estranha o absoluto silêncio das estruturas locais do partido do Governo após a visita da ministra da Coesão Territorial à Guarda, onde veio anunciar investimentos que poderão chegar aos 11 milhões de euros em obras no Hospital.
Das duas, uma (interpreta o comentador): a comissão política concelhia socialista desmobilizou, após o presidente ter conseguido a nomeação para vogal do conselho de administração da Unidade Local de Saúde; ou o PS não se sente confortável com o anúncio de Ana Abrunhosa, por nada ter a ver com o prometido descongelamento da segunda fase do novo Hospital Sousa Martins.
Tiago Saraiva Gomes considera mesmo que, neste momento, o Partido Socialista só tem uma voz na Guarda a defender as políticas do Governo. E identifica-a.
O outro comentador do programa, Pedro Pires, rejeita tal leitura e recorda que, em política, o mais importante não é o quanto se fala, mas ter algo para dizer. Isto numa alusão às intervenções da estrutura concelhia do PSD, que «fala demais», «não diz nada» e «só dá tiros nos pés», acentuando o ambiente de guerrilha interna no partido que tem maioria na Câmara.
Pedro Pires afirma ainda que o PSD «não tem autoridade política» para levantar o assunto das obras do Hospital, recordando que foi o Governo de Passos Coelho (e do ministro da Saúde Paulo Macedo) que cancelou, em 2012, a empreitada da segunda fase.
O Partido Socialista, pelo contrário, «está muito bem resolvido com os compromissos que assume com a Guarda», nomeadamente na área dos investimentos em saúde, refere Pedro Pires, que diz existirem actualmente no PSD «duas formas de fazer política e de fazer oposição». E explica quais são.
Oiça aqui: