O alerta foi deixado na edição desta semana do programa de debate político “Quarto Poder”: o presidente da federação distrital do Partido Socialista, Pedro Fonseca, pode estar a querer fazer do Instituto Politécnico da Guarda «o seu reduto político», onde julga ter «um espaço a partir de onde fazer política», designadamente contra a Câmara. Um dos comentadores, Pedro Pires, considera que «é coincidência a mais este envolvimento» do líder distrital socialista «nas questões do Politécnico» e não crê que se resuma ao facto de Pedro Fonseca querer manter-se como professor convidado da instituição de ensino superior. Pode haver motivações de natureza partidária, para as quais o novo presidente do Institiuto Politécnico pode estar a ser involuntariamente arrastado, alerta. Por isso «faz sentido que as coisas se clarifiquem o mais rapidamente possível», porque a Guarda não pode regressar ao tempo «das divergências entre a Câmara e o Politécnico, que no passado foram altamente penalizadoras». O outro comentador do programa, Tiago Gonçalves, também espera que este cenário não passe de um equívoco causado pela acção recente do presidente da federação distrital do PS. E recorda que as relações entre a Câmara Municipal e o Instituto Politécnico «têm sido as melhores e convém que assim continuem», referindo que nos últimos cinco anos tem havido «uma relação estratégica e de concertação». «Não se queira voltar ao passado», afirma.
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