No regresso do grande espaço de debate politico da Rádio, o novo comentador do “Quarto Poder”, Tiago Saraiva Gomes, fez uma análise ao congresso da federação distrital do Partido Socialista, realizado recentemente, dizendo que as notícias acerca da união no PS têm tudo para ser exageradas, sobretudo no que toca ao processo autárquico na capital do distrito.
Tiago Saraiva Gomes considera que o presidente da concelhia da Guarda, António Monteirinho, estragou a festa ao novo líder da federação, Alexandre Lote, e à nova presidente da comissão política distrital, Ana Mendes Godinho, quando escolheu aquele momento e aquele local para declarar publicamente que quer ser candidato à Câmara.
O comentador da Rádio fala mesmo em «deslealdade». Para Tiago Saraiva Gomes não há forma de ler as declarações do presidente da concelhia socialista da Guarda senão como uma declaração de candidatura à Câmara, e não apenas mera disponibilidade.
O comentador do “Quarto Poder” considera, aliás, que António Monteirinho o fez para precipitar os acontecimentos, com receio de que as estratégias distrital ou nacional pudessem deixá-lo de fora das hipóteses.
Uma leitura que o outro comentador do programa considera que «está trocada», por parece referir-se não à situação da concelhia do PS, mas sim à do PSD. Pedro Pires prefere destacar o discurso de Alexandre Lote, agora em plenas funções com presidente da federação distrital do Partido Socialista, e todas as mensagens claras e directas que diz terem sido ao partido e à sociedade. Algo que, refere o interveniente no “Quarto Poder”, ainda não aconteceu dos novos dirigentes do PSD.
Quanto à declaração de disponibilidade de António Monteirinho para ser o próximo candidato do PS à Câmara da Guarda, Pedro Pires coloca aquelas palavras em dois planos: interno (para o partido) e externo (para a sociedade).
O comentador do “Quarto Poder” elogia a «coragem» e a «disponibilidade» de Monteirinho, que contrasta com a atitude de dirigentes em eleições anteriores, nomeadamente as de 2017. Mas reconhece que, pesadas as circunstâncias, a escolha do momento para a declaração pode ter sido «uma precipitação» por parte do presidente da concelhia socialista.
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