O Partido Socialista pede eleições antecipadas para a Câmara da Guarda e desafia o PSD a tomar a iniciativa de provocar essa chamada intercalar às urnas, por ser a única forma de o partido da maioria colocar à prova a legitimidade para continuar a exercer o poder depois da saída de Álvaro Amaro. É uma questão de respeito para com os eleitores, diz o vereador Eduardo Brito. O líder da oposição considera que a votação muito expressiva que o PSD obteve em 2017 foi centrada na figura de Álvaro Amaro e que há motivos para crer que o eleitorado não aceita de ânimo leve esta saída do presidente da Câmara para o Parlamento Europeu. Seria «um sinal» que a Guarda daria ao país, até no sentido de provocar um debate acerca da necessidade de revisão das leis eleitorais. Por agora Eduardo Brito não confirma se, num cenário de eventuais eleições antecipadas, voltaria a ser candidato. Mas o rosto do PS nas autárquicas de 2017, que acabou por aceitar a missão em condições muito difíceis e após várias recusas por parte de outras figuras, acredita que «esse não vai voltar a ser um problema no Partido Socialista», pois agora «soluções não faltam». O que também garante é que o balanço aos anos de Álvaro Amaro na Câmara vai ser feito «quando eu achar o momento adequado» porque «eu é que fui o candidato». Numa afirmação de liderança da oposição, Eduardo Brito clarifica que «há-de chegar o momento do balanço, não é agora», reiterando que «quem determina o balanço sou eu». Na reacção, o ainda presidente da Câmara atribui este desafio para eleições intercalares a nervosismo dos elementos do Partido Socialista. «Nem sequer o acalma a minha saída, ainda fica mais nervoso», conclui Álvaro Amaro.

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