Pedro Fonseca é candidato à liderança da Federação Distrital do Partido Socialista, confirmando-se o cenário que a Rádio avançou há duas semanas [ver notícia anterior aqui]. O presidente da Câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo, deverá ser o mandatário da candidatura.
O vereador da Câmara da Guarda avançará formalmente no início da próxima semana, para que a Comissão Política Distrital do PS, presidida por Eduardo Brito, que deverá reunir na segunda-feira à noite em Seia, dê início ao processo eleitoral e tenha em conta a existência de, pelo menos, duas candidaturas.
Alexandre Lote, o primeiro concorrente à sucessão de António Saraiva [ver notícia anterior aqui], apresenta-se hoje. Mas Pedro Fonseca quer deixar passar as eleições para as comissões políticas concelhias, que decorrem no fim-de-semana.
No caso da Guarda não deverá haver surpresas e a Rádio já arrisca um prognóstico, a partir da análise da realidade actual do partido: Agostinho Gonçalves deverá ganhar a Nuno Laginhas e com pelo menos 66 por cento dos votos.
A previsão é simples: o director de campanha de Eduardo Brito deverá ter como certo o apoio de 226 militantes que se filiaram desde 2016 e que pagaram quotas em massa nas últimas semanas, segundo apurou a Rádio. Este número constitui dois terços do total de inscritos no PS da Guarda com a situação regularizada, que é, segundo as mesmas fontes, de 339 pessoas.
É este movimento que determina a partir de agora o futuro do partido localmente e mesmo a nível distrital. Depois da previsível vitória de Agostinho Gonçalves na concelhia da Guarda, os mesmos militantes deverão ser essenciais para a tentativa, por parte de Pedro Fonseca, de conquista da federação.
Foi uma adesão discreta, que ocorreu a partir do Verão de 2016 e teve como proponente, na quase totalidade dos casos, o então vereador Joaquim Carreira.
Ironicamente, esta tentativa de renovação no PS dá-se a partir do mesmo método que tanta polémica causou num passado recente do partido: as novas filiações em grande número, num aparente sindicato de votos. E os então críticos da situação juntam-se agora a alguns dos então mentores da entrada de “sangue novo” para efeitos eleitorais internos, surgindo lado a lado na disputa da próxima sexta-feira.
Em relação às duas listas que vão a eleições para a concelhia da Guarda, verifica-se a circunstância curiosa, mas não inédita, de haver membros das mesmas famílias distribuídos por ambas. E a equipa de Agostinho Gonçalves parece conter uma abrangência de ligações que seria vista como improvável: Maria do Carmo Borges, Joaquim Valente, Fernando Cabral e Virgílio Bento têm elementos próximos lá representados.
Um amplo encontro – ou reencontro – que tem como artífice a nova figura proeminente do PS da Guarda: Pedro Fonseca. É considerado, cada vez mais, quem manda no novo partido.
Pontos que deverão estar em confronto num debate para militantes, entre os dois candidatos à concelhia, a realizar hoje à noite no auditório da Associação Comercial da Guarda. A proposta partiu da candidatura de Agostinho Gonçalves e o encontro com Nuno Laginhas deverá ter Joaquim Carreira como moderador.
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