O candidato pelo PS à Junta de Freguesia da Guarda nas últimas eleições autárquicas vai pedir a suspensão do lugar de membro da Assembleia de Freguesia, na sequência dos resultados das primárias de domingo no partido.
Cabral, o mais destacado apoiante de António José Seguro na Guarda, reconhece numa publicação que acaba de colocar na rede social Facebook que o agora cessante secretário-geral «teve uma influência decisiva para eu ter aceitado candidatar-me», facto que justifica agora a saída.
O antigo deputado, governador civil e presidente da federação distrital socialista também anuncia a renúncia a todos os cargos partidários, nomeadamente ao lugar na comissão política nacional do PS, para o qual tinha sido indicado por Seguro.
«Por enquanto mantenho tudo o que disse ao longo destes meses. O que elogiei a Seguro e o que critiquei a Costa. Embora o homem seja "o homem e a sua circunstância" eu não mudo de opinião do "dia para a noite"», refere, considerando que «os primeiros sinais que a união não passará de retórica já foram dados», sem precisar quais. Apenas adianta que «eu conheço bem, e por experiência própria, o "modus operandi" de muitos dos atores políticos que vão voltar ao pedestal».
Fernando Cabral diz que iniciará uma condição de militante «minimalista»: «Manterei as quotas do PS em dia e exercerei o meu direito de voto, quer internamente quer em eleições gerais». Não é uma desistência, diz, «é uma pausa».
Contactado pela Rádio, não quis prestar declarações.