«Prometo que de hoje a quinze dias fazemos todas as contas», afirmou José Igreja no final da sessão de Câmara de 9 de Fevereiro. O vereador do PS referia-se à data em que seria publicamente apresentado o estudo que o partido terá mandado fazer sobre as contas municipais até Setembro de 2013. Tratar-se-ia da resposta à auditoria externa encomendada pela maioria PSD/CDS no início do mandato e conhecida em Abril do ano passado, que apontou para um passivo total – soma das dívidas do universo municipal e dos mapas de compromissos – de cerca de 91 milhões de euros. O PS anunciou repetidamente a preparação de um documento contraditório e, já em meados de Janeiro deste ano, adiantou ter apurado um valor muito diferente: 40 milhões de euros. Mas de promessa em promessa, o partido agora na oposição voltou a falhar mais uma data. Ontem, passados os quinze dias referidos, José Igreja nem sequer compareceu na sessão do executivo. A Assembleia Municipal reúne na próxima Sexta-feira. Resta saber o que acontecerá até lá. E com tantos meses de declarações sobre datas não cumpridas, surge a dúvida: terá o PS feito mesmo o estudo financeiro ou tudo não terá passado de um deslize de linguagem do vereador, do qual agora não consegue libertar-se nem libertar o partido?
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