PS dividido no chumbo às obras no Hospital: candidato pede ao governo «reversão» da decisão, deputada diz que avisou - Rádio Altitude

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A deputada Maria Antónia  Almeida Santos não se arrepende de ter questionado o ministro da Saúde na Assembleia da República sobre os planos da anterior administração da Unidade Local de Saúde da Guarda para candidatar as obras no pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins – inaugurado no final da década de 90 e que albergou serviços como as antigas urgências ou os blocos operatórios – a fundos comunitários, no âmbito de uma requalificação que tinha em vista a concentração de valências do Departamento da Saúde da Criança e da Mulher: orgências obstétrica e pediátrica, maternidade, ginecologia e pediatria.

Esta semana foi anunciado que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro – a entidade que avalia a elegibilidade dos projectos que solicitam fundos europeus – chumbou a candidatura da ULS a verbas comunitárias para essa obra, apresentada em Outubro de 2016 [ver notícia anterior aqui].

Politicamente, Maria Antónia de Almeida Santos foi criticada até por alguns socialistas, por poder ter ajudado a impedir um investimento na recuperação de um edifício do Hospital Sousa Martins que, durante anos, teve problemas estruturais. Mas questionada ontem pela Rádio a deputada socialista diz que não há nada que a faça arrepender da pergunta que fez ao ministro em Novembro do ano passado. E sustenta que a não aprovação do financiamento para esse investimento de cinco milhões de euros é a prova de que faltava transparência ao processo.

A deputada socialista eleita pelo distrito da Guarda responde também que há problemas mais urgentes para resolver e sublinha várias vezes que a nova liderança da ULS deve ter mais preocupação com a carência de profissionais do que obras. Maria Antónia de Almeida Santos deixa, no entanto, uma palavra de conforto: a actual administração deve manter nos planos a requalificação de um dos pavilhões do Hospital Sousa Martins. Mas apenas depois de superar os problemas que interferem com os cuidados de saúde, reforça.

Só que na convenção autárquica do Partido Socialista, ontem à noite, o candidato à Câmara da Guarda, Eduardo Brito, reagiu a esta notícia e lamentou que a mesma CCDR que aprova o financiamento para a construção de rotundas dê nota negativa a um investimento no Hospital da Guarda. 

O candidato socialista dirigiu-se à secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, dizendo que o governo «tem que reverter este chumbo» ao financiamento. E «revertê-lo é aprová-lo», fez questão de sublinhar Eduardo Brito, dando a entender que não aceita os argumentos técnicos que levaram à rejeição e que vê a questão no contexto de uma decisão política. Mas a dirigente nacional não disse uma palavra sobre o assunto.

Na sessão que decorreu num hotel da cidade, ao jantar, foram apresentados os candidatos às 14 câmaras do distrito.

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