Já não foi em nenhuma das sessões de Setembro, ao contrário do anunciado no final do mês passado [ver notícia anterior aqui], que os vereadores do Partido Socialista apresentaram a própria versão da auditoria às contas do município da Guarda até à derrota nas eleições autárquicas, há um ano.
No final da reunião de ontem, José Igreja remeteu para «amanhã [hoje] ou depois [amanhã, sexta-feira]» essa tomada de posição, no que foi corrigido por Joaquim Carreira, que preferiu não ser tão preciso: «nos próximos dias». Mas referiam-se apenas anúncio do calendário, não se tendo comprometido com a possibilidade de a análise às contas ocorrer antes da sessão da Assembleia Municipal, já agendada para a próxima terça-feira, dia 30.
Na sessão da Câmara de ontem o PS vontou contra o aumento do IMI de 0,4% para 0,45%.
Álvaro Amaro justificou a subida como «um sinal que era preciso dar» numa altura em que aguarda o parecer o Tribunal de Contas ao plano de saneamento financeiro, aprovado pela Assembleia Municipal em Junho e que já previa esta alteração [ver notícia anterior aqui].
A alternativa, alegou o autarca, será recorrer ao Fundo de Apoio Municipal, que legalmente obrigaria a decretar a taxa máxima (0,5%). Os vereadores socialistas admitem que, nesse caso, votariam a favor do aumento, porque se trataria de uma imposiçãol legal. Já a taxa ontem proposta foi uma opção da maioria, sublinham. Uma posição que levou o presidente da Câmara a ironizar que seria necessário voltar «às aulas todas de teoria económica e ciência política» para compreender as explicações da oposição.
Também a taxa de Derrama mereceu o voto contra do PS. Há uma redução para 0,05% para empresas com volume de negócios até 150 mil euros anuais, mantendo-se nos 0,5% para as restantes (o máximo poderia ser 1,5%), o valor definido pelo anterior executivo. Mas José Igreja defende que «também devia baixar um bocadinho sobre as empresas maiores», garantindo que há no concelho da Guarda «muitas empresas que neste momento têm negócios superiores» a 150 mil euros.
A taxa sobre os rendimentos singulares de contribuintes do concelho é que continuará no máximo: 5% do IRS. Mas aqui o PS absteve-se.
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