O presidente da Câmara da Guarda pede maior rapidez no tratamento dos dados relacionados com os casos activos de covid-19 no concelho.
Numa estratégia de definição de graus de emergência que assenta apenas em números, é importante que a estatística trabalhada a partir do registo que é feito pelas autoridades de Saúde seja apresentada em tempo real, refletindo o progressivo número de recuperados, afirma Carlos Monteiro.
Na entrevista que deu à Rádio a propósito do Dia da Cidade, o autarca reconhece que os profissionais de saúde fazem tudo o que podem, mas admite que haja falta de recursos para atualização dos mapas epidemiológicos.
Esta possível discrepância é, aliás, uma das razões que leva a que a Câmara da Guarda não replique a divulgação de números acerca dos casos de covid-19 no concelho. São dados que levantam dúvidas ao município, por carecerem de contextualização.
Além disso, Carlos Monteiro critica o método que aplica, a partir de Lisboa, uma tabela estatística única para todo o país, quer se trate de uma grande área metropolitana ou de uma parcela do Interior despovoado.
Tomar todo o território por igual faz com que a Guarda esteja no segundo nível mais elevado de risco, tendo já estado no primeiro, sem que tal espelhe o verdadeiro grau de perigo de disseminação face às características geográficas, demográficas e sócio-económicas do concelho.
Com um feriado municipal (ao qual se aplicam as mesmas regras dos feridos nacionais) imediatamente antes do fim-de-semana e da “ponte” até ao 1º de Dezembro, o resultado da classificação em “risco muito elevado” é um longo período de restrições, com forte impacto na economia local.
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