Não há [segunda-feira ao final da tarde] casos de covid-19 entre funcionários da Câmara Municipal da Guarda. O teste realizado a uma trabalhadora que teria um familiar infetado «deu negativo», confirmou o presidente, Carlos Chaves Monteiro, no final da reunião do executivo que teve lugar esta segunda feira.
O autarca disse que «tem existido muita desinformação» e lamentou que haja «espaço para se fomentar informação que não corresponde à realidade».
Uma das situações teria a ver, precisamente, com o alegado número de casos nos serviços municipais: «já ouvi de tudo, até que a Câmara estava a esconder a existência de um surto». «Como se isso fosse possível».
Os mesmos «boatos» circularam em relação a outros locais, «como estabelecimentos que iriam encerrar» devido à propagação da doença, o que não se confirmou.
São informações falsas que se podem tornar «prejudiciais» para a Guarda, quando «somos uma cidade segura», sublinha o presidente da Câmara.
O foco mais sensível, relacionado com uma festa de aniversário entre estudantes do Instituto Politécnico, «é conhecido» e «parece que a rede de contactos está controlada».
«Temos de ter a serenidade, a responsabilidade e a atitude de, perante circunstâncias que têm o seu peso na comunidade, não as fazer extrapolar para situações mais graves», apela Carlos Chaves Monteiro.
O presidente da Câmara diz tratar-se de «matéria muito sensível, que exige rigor e cuidado no uso da informação» e remete a responsabilidade do correcto esclarecimento público também para as autoridades de saúde: «Não há nada como ir à fonte e a fonte transmitir exactamente quais são os números reais e o que está a acontecer».
Diz mesmo tratar-se de uma «obrigação das entidades» envolvidas no combate à doença, de modo que evitar que aspirantes a especialistas disseminem dados «por especulação, por preconceito ou sem base científica».
O alarme social previne-se com esclarecimento, conclui.
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