Daqui a umas semanas abre a época balnear na região, onde várias praias fluviais voltaram a ser distinguidas pela ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa) e pela Quercus.
Este ano há três praias com Bandeira Azul: Valhelhas, no concelho da Guarda, que desde 2015 ostenta este símbolo de qualidade; Lapa dos Dinheiros, no concelho de Seia, que recebe este reconhecimento desde 2017; e Loriga, também no município de Seia, onde a Bandeira Azul é hasteada desde 2020. Trata-se de uma distinção atribuída pela Fundação para a Educação Ambiental às praias e marinas que cumpram os requisitos de questão ambiental, segurança, bem-estar, infraestruturas de apoio, informação aos utentes e sensibilização ambiental, pelo que a Bandeira Azul é um «símbolo de qualidade» da zona balnear.
Existem ainda as Praias de Qualidade de Ouro, atribuída pela Quercus, que distingue «a qualidade da água balnear das praias portuguesas considerando as análises feitas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas». No concelho de Gouveia, a praia fluvial do Vale do Rossim, a mais alta de Portugal, tem conquistado “Qualidade de Ouro” há 12 anos. Também Loriga tem “Qualidade de Ouro” desde 2012, mas as distinções não ficam por aqui. No concelho da Guarda, em Valhelhas, a praia fluvial foi distinguida entre 2014 e 2024, à exceção do ano passado (2023), enquanto a praia fluvial de Vale do Mondego, em Vila Cortês do Mondego/Porto da Carne, recebe “Qualidade de Ouro” pela terceira vez.
A zona balnear da Lapa dos Dinheiros (Seia) continua a ser contemplada pela Quercus desde 2020. Já as praias fluviais do Poço do Lagar e de Vila Cova à Coelheira, ambas no concelho de Seia, receberam a distinção no Verão de 2022, mas este ano não são contempladas. No distrito da Guarda também a praia fluvial de Aldeia Viçosa recebeu Bandeira Azul em 2021, 2022 e 2023, mas este ano ficou de fora e não vai hastear este símbolo de qualidade.
Luís Prata, presidente da Junta de Freguesia, explica que este ano não foram contemplados porque «os critérios são rigorosos. 2022 foi um ano de incêndios, dramático para todo o Vale do Mondego, ao qual se juntaram as intempéries que trouxeram as cinzas e toda a parte ardida para a praia fluvial. Por isso, os resultados das análises não foram tão bons e ficámos sem a bandeira, mas, se tudo correr bem, no próximo ano recuperamos o galardão». O autarca sustenta que «são causas naturais às quais somos alheios», mas garante que este ano a praia fluvial de Aldeia Viçosa vai «manter condições de segurança e higiene» pelo que não haverá «transtornos» para os banhistas.
Além das análises da água não terem sido as melhores, há «obras de requalificação a decorrer em toda a praia fluvial para que tenhamos um espaço ainda mais bonito do que era». Segundo o presidente da Junta de Freguesia, está a ser retirado «tudo o que é betão para ser substituido por materiais mais naturais e dentro do contexto da Serra da Estrela». O responsável estima que as obras de requalificação da zona balnear estejam terminadas a 1 de junho, sendo que a época balnear vai iniciar a 15 de junho «para começarmos a receber os veraneantes e turistas». Luís Prata confia que este Verão «vai ser ainda melhor do que os anteriores graças às condições que vamos oferecer aos turistas» e também devido aos Passadiços do Mondego, que vão «trazer mais pessoas à nossa praia fluvial», por isso, as expetativas «estão em alta», assume o autarca de Aldeia Viçosa.