As portagens das autoestradas portuguesas deverão aumentar mais de 2 por cento em 2024. Esta subida tem por base a taxa de inflação homóloga, excluindo a componente habitação, de outubro, que ficou nos 1,94 por cento, segundo revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No entanto, há ainda que somar 0,1 por cento, acréscimo que deriva do acordo firmado no ano passado entre o governo e as concessionárias. Recorde-se que em 2023 o aumento previsto variava entre 9,5 e 10,5 por cento, dependendo das concessões, mas o executivo decidiu intervir para travar esta escalada, à semelhança do que fez com as rendas, tendo fixado uma atualização de 4,9 por cento. Para compensar as empresas que exploram estas vias ficou estabelecido como compensação a adição de 0,1 por cento nos quatro anos seguintes à taxa que for determinada pelo INE em cada exercício.
Contudo, ainda não é totalmente certo que o aumento seja de 2,04 por cento a 1 de janeiro de 2024. As concessionárias têm até esta quarta-feira para apresentar as suas propostas ao governo que, por sua vez, tem um prazo de 30 dias para revelar a decisão. A confirmar-se esta subida, as autoestradas geridas pela Infraestruturas de Portugal também serão alvo desta atualização. Ainda assim, os utentes das vias do interior e do Algarve podem contar com um desconto de 30% na tarifa final a partir do primeiro dia de 2024. A medida, aprovada em setembro em Conselho de Ministros, abrange a A23 IP e Beira Interior, a A24 Interior Norte, A25 Beira Litoral e Alta, A4 Transmontana e túnel do Marão, A13 e A13-1 Pinhal Interior. Este apoio terá um custo anual para o erário público da ordem dos 72 milhões de euros. E deverá ser o único desconto que será aplicado aos utentes das autoestradas portuguesas.