A Plataforma Pela Reposição do regime sem custos para o utilizador (SCUT) na A23 e na A25 classifica os descontos nas portagens anunciados pelo Governo como «um embuste» e anunciou uma marcha lenta para dia 20 de Novembro.
»É um embuste porque a maior parte das pessoas, a esmagadora maioria das pessoas, que pretenda ou precise de circular na A23 ocasionalmente não vai ter qualquer desconto e, por outro lado, é tentar obrigar as pessoas a andarem na autoestrada para terem algum desconto», aponta Luís Garra, da União de Sindicatos de Castelo Branco, uma das entidades que engloba a plataforma.
O sindicalista falava no fim de uma assembleia cívica que decorreu na Covilhã, com o objetivo de marcar formas de luta contra o pagamento de portagens.
A iniciativa, que juntou mais de uma centena de pessoas, realizou-se praticamente à mesma hora em que o Governo anunciou um desconto de 25% a partir do oitavo dia de utilização para os veículos de passageiros.
Segundo a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a redução entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021 e também prevê um desconto harmonizado para os veículos de transportes de mercadorias e de passageiros, que passa de 30% para 35% durante o dia e de 50% para 55% durante a noite, fins de semana e feriados.
Os presentes na assembleia cívica aprovaram, por unanimidade, a realização de uma marcha lenta, com partidas da Guarda, Covilhã e Castelo Branco para convergir no Fundão.
«Estamos completamente contra este modelo», frisou Luís Garra, exigindo novamente a abolição das portagens até ao final da legislatura e a suspensão imediata dos pagamentos, até se definir um modelo adequado de redução.
«Vamos mostrar ao Governo que não nos cala, não nos engana porque o que está a tentar fazer é um engano», frisou Luís Garra.
A Plataforma Pela Reposição das SCUT na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
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