A comissão política concelhia Juventude Social Democrata diz ter analisado atentamente o documento “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 20/30” e chegado à conclusão de que a Guarda não está nos planos do Governo para a próxima década.
O presidente da estrutura, Tiago Saraiva Gomes, fala em «amnésia socialista», pois o documento não contempla «nem promessas, nem projectos, nem reconhecimento da potencialidade da Guarda para o desenvolvimento estratégico de Portugal».
O plano pedido pelo Governo ao consultor António Costa e Silva « identifica uma série de concelhos estratégicos para o país, ignorando o tecido social, empresarial e académico do nosso concelho», denuncia a JSD.
Mas vários municípios do Interior merecem destaque. Em relação à Beira Interior é defendido, por exemplo, «o desenvolvimento de um cluster digital no Fundão». E há vários concelhos que são identificados como potencial “AutarquiaLaboratório”. Não é o caso da Guarda, lamenta Tiago Saraiva Gomes.
O documento que servirá de base à estratégia de recuperação nacional para a próxima década «esquece-se do importantíssimo trabalho das IPSS da nossa região, revela um desconhecimento total da composição empresarial do nosso concelho e da sua importância geoestratégica no país e para a Europa», salientam ainda os jovens social democratas da Guarda.
«Como se não bastasse, ainda deita por terra qualquer relevância do Instituto Politécnico da Guarda e da sua capacidade formadora e timoneira como motor de desenvolvimento regional», acusa a JSD.
Tiago Saraiva Gomes conclui que o Governo está a esquecer o concelho da Guarda no plano de médio e longo prazo para o país.
Perante esta omissão na definição de políticas nacionais, a JSD compromete-se a apresentar brevemente as linhas gerais de um programa estratégico para o desenvolvimento da Guarda, revela o dirigente.
Um trabalho que será feito em articulação com vários sectores da sociedade, adianta.
A “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, elaborada por António Costa Silva, constitui «um documento enquadrador das opções e prioridades que deverão nortear a recuperação dos efeitos económicos adversos causados pela atual pandemia», refere o Governo.
«É a partir desta visão estratégica que será desenhado o Plano de Recuperação, a apresentar à Comissão Europeia, com vista à utilização dos fundos europeus disponíveis», conforme pode ler-se.
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