O coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária, José Monteiro, garante que na investigação de fogos florestais «nenhuma pista é de excluir», nem mesmo a eventual relação entre ocorrências e a indústria de combate ao fogo. Mas o responsável recusa alinhar nas «teses de conspiração» e sublinha que à PJ só compete recolher provas e identificar suspeitos de forma objectiva, deixando aos tribunais a aplicação da justiça. E por vezes os próprios investigadores são surpreendidos, como no processo em que acabaram por chegar a um carteiro de Trancoso, de 55 anos, que terá ateado dezenas de incêndios florestais nos últimos quatro anos, enquanto distribuia o correio. Não foi fácil chegar ao suspeito, reconhece José Monteiro, que evedencia o contraste entre o perfil mais comum dos autores de crimes de fogos florestais e este homem, empregado, com uma vida social, familiar e económica aparentemente estável.
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