A Câmara da Guarda aprovou o projecto da estrutura que ligará os dois edifícios do Teatro Municipal da Guarda: o dos auditórios e o que acolhe o Café Concerto, a galeria de arte e o parque de estacionamento. O acesso entre ambos sempre foi feito pelo exterior e agora, à beira de o equipamento completar 12 anos, a autarquia pediu ao autor do projecto do TMG, o arquitecto Carlos Veloso, o desenho de uma solução que permitirá a ligação. Estima-se que a obra tenha um custo de 300 mil euros. A proposta foi aprovada por unanimidade, sendo mais pacífica do que outra também votada ontem na sessão do executivo municipal: a requalificação da rotunda entre as avenidas da Estação e de São Miguel. O PS votou contra. O plano prevê o reordenamento da zona e a colocação de uma locomotiva como ornamento. Trata-se de um exmplar da série 1500 da CP. Construídas pela American Locomotive Company (ALCO), começaram a circular após a segunda Guerra Mmundial, como parte de uma estratégia de aquisição de material circulante a gasóleo (com fundos do Plano Marshall), devido à escassez de carvão. Para os entusiastas do caminho-de-ferro são das mais icónicas máquinas que circularam nas linhas portuguesas, em especial nas ligações de Lisboa ao Porto, ao Algarve e à Europa e na tracção de comboios de mercadorias. Modernizadas na década de 70 (para adquirirem maior potência), foram retiradas do serviço comercial no ano 2000. Só dois exemplares não foram desmantelados ou vendidos: a 1501, que se encontra exposta no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, e a 1505, que está nas oficinas do Barreiro e vai agora ser cedida à Câmara Municipal da Guarda. Na requalificação do local onde ficará exposta a autarquia gastará cerca de 400 mil euros.
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