A Orquestra Sem Fronteiras, projeto sinfónico dirigido por Martim Sousa Tavares e sediado em Idanha-a-Nova, venceu o Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude.
Composta por mais de 150 jovens músicos, esta formação assumiu como missão a divulgação da música clássica pelos territórios do interior, tendo itinerado por aldeias, vilas e cidades da região raiana. Para Martim Sousa Tavares, diretor musical da Orquestra Sem Fronteiras, a música é um elemento de coesão, pois «através dela, mantemos estas comunidades vivas e conectadas. A música pode ser um fio condutor para a comunidade, para a paz e para os valores europeus».
Na cerimónia de entrega do prémio, em Aachen (Alemanha) na terça-feira, a vice-presidente do Parlamento Europeu, Katarina Barley, afirmou que «este é um projeto muito especial, que inclui jovens. Este prémio abriu um mundo novo a todos nós; claro que há projetos dedicados a estas pessoas – mas este projeto faz do mundo um lugar melhor, onde a cultura é acessível a todos, aos que se sentem menos representados e aos menos providos de condições».
O projeto Politika (nejen) pro mladé, da República Checa, ficou em segundo lugar e o Ukrainian Vibes – European Public Sphere, da Alemanha, foi terceiro classificado. O Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude é atribuído a projetos desenvolvidos por jovens que promovem o entendimento a nível europeu e internacional. O galardão destaca o trabalho quotidiano desenvolvido por jovens de toda a Europa para reforçar a democracia europeia e apoia a sua participação ativa na construção do futuro da Europa. É gerido pelo Parlamento Europeu em parceria com a Fundação do Prémio Internacional Carlos Magno, de Aachen, e foi criado em 2008.
Todos os anos, os júris nacionais e europeus selecionam 27 projetos nacionais (um por Estado-Membro) e três laureados europeus que são convidados para a cerimónia de entrega, em Aachen.