
Esta terça-feira os 11 bombeiros voluntários do Fundão que foram presentes a juiz depois da detenção pela PJ por suspeita de crimes de violação e coação sexual ficaram em liberdade (termo de identidade e residência) e, oito deles, impedidos de entrarem e frequentar o quartel. Além disso, os onze bombeiros ficaram proibidos de contactar a vítima, que também é bombeiro (de 19 anos de idade).
Além disso, os bombeiros presentes ao juiz estão proibidos de frequentar e permanecer na residência e trabalho da vítima e de esta se aproximarem a menos de 500 metros e proibidos de contactar com os demais arguidos e testemunhas dos autos.
Três destes bombeiros estão ainda obrigados a apresentações periódicas, uma vez por semana, à quarta-feira, no posto territorial da respetiva área de residência. Dos onze bombeiros, seis bombeiros estão indiciados pela prática de dois crimes de violação e um crime de coação sexual, três outros pela prática de um crime de violação e um de coação sexual e dois por crime de violação. Dois deles estão indiciados por um crime de violação.
Já as direções da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão garantiram que haverá «consequências disciplinares, laborais e institucionais» caso se venham a confirmar os factos de que são acusados 11 elementos da corporação.
O Corpo de Bombeiros do Fundão explicou que, assim que tiveram conhecimento dos factos, «determinaram de imediato a abertura dos respetivos processos disciplinares, de modo a averiguar internamente o ocorrido e assegurar o cumprimento rigoroso dos deveres e responsabilidades institucionais».
«As diligências internas ficaram temporariamente suspensas, motivo pelo qual não foram ainda aplicadas medidas preventivas, incluindo eventuais suspensões», lê-se na nota.