Portugal continental vai estar em situação de alerta entre domingo e terça-feira, anunciou esta sexta-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

A decisão foi tomada numa reunião realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, tendo em conta as previsões meteorológicas que apontam para a uma nova onda de calor e vento nos próximos dias. Em consequência, haverá limitação quanto ao uso do fogo, uso de máquinas e acesso e uso dos espaços florestais entre os dias 21 e 23 de agosto.

A situação de alerta é justificada com a previsão para os próximos dias de temperaturas de 40 graus, vento forte, manutenção da seca severa e extrema e a massa florestal acumulada, adiantou o governante, referindo que a manutenção desta medida será reavaliada na próxima terça-feira. «Vamos viver um período muito exigente», disse José Luís Carneiro, que se pode «prolongar até ao final de setembro».

O ministro da Administração Interna anunciou também a contratação de mais equipas de combate a incêndios, num total de 500 operacionais, e a antecipação dos pagamentos aos bombeiros. E alertou para a duplicação dos casos de fogo posto e para os incêndios provocados por razões acidentais. «Vamos ter atenção redobrada por ter havido até agora aumento do incendiarismo, que duplicou. Estamos a falar agora de 26 por cento de causas que, em princípio, estão relacionadas com incendiarismos e 64 por cento por uso de fogo por razões acidentais», especificou José Luís Carneiro.