A notícia, ontem avançada pela Rádio [ver aqui], da indigitação de João Barranca para novo presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde dominou o final da reunião do executivo da Câmara da Guarda.
A reacção do presidente do município é de «respeitar a decisão» da substituição da equipa ainda liderada por Isabel Coelho, até porque não acontece «a meio do jogo», ou seja, o conselho de administração cessante cumpriu todo o mandato.
Trata-se, assim, de «uma decisão política do Governo», que tem a tutela da ULS, sublinha Carlos Monteiro.
Ao conselho de administração cessante, o presidente da Câmara deixa palavras de reconhecimento pelo trabalho que desenvolveram «designadamente neste período» de combate a uma pandemia.
Foi «um trabalho digno, responsável e que também valorizou a Guarda», faz questão de destacar.
Quanto à escolha de João Barranca, o autarca limita-se a esperar que quando a tutela convida elementos para uma estrutura como o conselho de administração da Unidade Local de Saúde o faça levando em conta que «essas pessoas são dignas da confiança, do profissionalismo e da competência para exercerem esses cargos».
Carlos Monteiro deixa um desejo para o relacionamento com a futura administração: «temos de estar unidos em prol de objectivos comuns» que defendam os interesses da Guarda.
Nesse sentido assume como prioritário «e estruturante» o reconhecimento dos estabelecimentos de saúde na alçada da ULS «como centro hospitalar universitário».
«Referi-o por diversas vezes a este conselho de administração», recorda o presidente da Câmara. E promete continuar a «reiterar e reivindicar» o estatuto, em especial para o Hospital da Guarda.
Diferente foi a posição da líder da oposição. Ainda que sublinhando que falava apenas como «eu, Cristina Correia», a vereadora do Partido Socialista teceu críticas à possível nomeação de João Barranca, por um único motivo: «Lamento, como lamentamos sempre tudo o que vem de fora. Torno a lamentar que tenha de ser alguém de fora».
A eleita pelo PS considera que «certamente há pessoas competentes cá na Guarda para esse cargo».
Sobre a origem do futuro presidente da ULS, Cristina Correia tira uma conclusão: «Vem de Coimbra? Está explicado: a senhora ministra é de Coimbra», bastando, por isso, «juntar as peças».
Agora é esperar que «quem vier faça o seu trabalho», conclui a vereadora socialista.
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