O Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, em Gouveia, vai comemorar os 40 anos da abertura ao público com várias exposições até fevereiro de 2026.
A efeméride foi assinalada no sábado com a abertura da mostra “Traços inconconformes”, do cartoonista Osmani Simanca, que está patente até 27 de abril. O autor de origem cubana reside atualmente no concelho de Gouveia selecionou cerca de 70 cartoons sobre várias áreas temáticas, onde apresenta a sua visão pessoal da atualidade e um humor corrosivo. O dia ficou ainda marcado pela apresentação da pintura a óleo “Retrato de Clara” (1956), doada ao museu gouveense por Clara Frazão Lopes. A pintura passa a integrar o acervo do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta e ficará em exposição permanente. No arranque dos 40 anos da instituição foi também apresentado o estudo prévio do projeto de reabilitação e ampliação do espaço museológico pela empresa PLATAFORMArq.
As comemorações vão também passar por Lisboa com a exposição “Bonecos para o Povo – João Abel Manta Artista Revolucionário”, que estará patente de 24 de abril a 25 de maio na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. A mostra vai reunir peças do Museu de Lisboa, do acervo do museu gouveense e pertencentes às coleções privadas do próprio João Abel Manta, de Pedro Piedade Marques, Maria João Gonçalves, Jorge Silva, Arlete Alves da Silva e Manuel Brito. De 8 de agosto a 5 de outubro, o Museu Abel Manta vai receber a exposição das obras selecionadas no concurso ao Prémio Abel Manta de Pintura 2025.
A partir de 15 de novembro e até 4 de janeiro de 2026, estará patente a “Leveza de não ser”, da pintora Fátima Teles, vencedora do Prémio Abel Manta de pintura em 2019. O programa comemorativo termina com a exposição “Pinturas Naturalistas”, do espólio do Novo Banco. De 19 de janeiro a 17 de fevereiro de 2026 poderão ser apreciadas três pinturas de Tomás José da Anunciação (1818-1879), Artur José de Sousa Loureiro (1853-1932) e José Júlio de Souza Pinto (1856-1939). O Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta abriu portas em 1985 e a sua coleção foi constituída a partir de uma doação efetuada pelo arquiteto, pintor e artista gráfico João Abel Manta, filho de Abel Manta. Em 2001, viria a fazer uma segunda doação, com testemunhos da sua obra gráfica. O núcleo central da coleção é composto por peças de pintura, desenho, escultura e gravura de artistas plásticos do século XX português – dos primeiros modernistas aos anos 80 –, com particular destaque para o patrono.