As eleições para a distrital do PSD também podem estar envoltas em polémica. O presidente da Comissão de Jurisdição, António Oliveira, disse à Rádio que ainda não recebeu qualquer reclamação, mas haverá militantes na disposição de pedir a impugnação com base em dúvidas sobre a legalidade de alguns nomes que fizeram parte da listas únicas votadas no passado dia 5. Há três casos que levantam suspeitas a um grupo não alinhado com a liderança de Carlos Peixoto. Um refere-se a um candidato na lista ao órgão de fiscalização, que não teria as quotas pagas. Outro tem a ver o facto de o candidato a presidente dessa estrutura ser também o contabilista que presta serviços ao partido. E a terceira situação prende-se com uma militante – que é agora colaboradora próxima de Álvaro Amaro na Câmara da Guarda – que os contestatários dizem não ter tempo de filiação suficiente para ter figurado nas listas. Situação que o reeleito presidente da comissão política distrital, Carlos Peixoto, refuta garantindo que a candidata em causa, Rita Figueiredo, tem mais de duas décadas de militância e terá transferido a filiação para a Guarda há mais de dez anos, concretamente «em Agosto de 2005», segundo assegura. Quanto ao nome que encabeça o órgão de fiscalização e auditoria, trata-se de António Peres, também muito próximo do presidente da Câmara. Mas as contas, diz Peixoto, «são sempre votadas em assembleia distrital» e «com os votos consensuais de todos os delegados». Por isso, as dúvidas agora levantadas apenas pretendem colocar em causa «a honra de pessoas que têm demonstrado uma grande verticalidade», na leitura do deputado. Diferente é o caso de um candidato na mesma lista encabeçada por Peres. De facto, reconhece o presidente da distrital, o militante João Almeida «ter-se-á esquecido de pagar as quotas». Mas a solução «é muito simples»: «não toma posse», até porque se tratava de um suplente. Carlos Peixoto tenta assim minimizar a polémica que possa surgir destes casos, afirmando que «nós não precisamos de ganhar eleições com irregularidades», até porque só havia uma lista. E associa a contestação a um «jogo de toupeira» de militantes que não conseguiram formar uma candidatura que enfrentasse «as listas que estavam a sufrágio» nas eleições de 5 de Março.
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