O coordenador do programa económico do PS, o economista Mário Centeno, garantiu esta tarde em declarações exclusivas à Rádio Altitude que um futuro governo liderado por António Costa não se sentirá obrigado «a usar a justificação da herança» perante os dados do défice agora conhecidos, recusando o cenário de novas medidas de austeridade.
Centeno ressalva, contudo, que os números divulgados pelo INE «não são problemas estatísticos, são problemas reais do país, neste caso do sector financeiro, que têm reflexo na economia real». Mas afasta qualquer lógica de compensação por via da austeridade: «Não, de todo. As medidas de austeridade não fazem parte da solução»
Qual será, então, a solução? Algo que passará pela «actuação conjugada de inúmeras políticas económicas, mas numa rejeição muito clara daquilo que são as políticas de cortes e de austeridade que arrastam consigo a economia portuguesa».
Declarações durante uma visita à fábrica da Coficab na Guarda, a acompanhar os candidatos socialistas pelo distrito da Guarda.
Oiça aqui: