Com cerca de um milhar de utentes directos ou indirectos nas diversas valências e mais de 130 funcionários, a Fundação João Bento Raimundo é a maior instituição privada do sector social do concelho da Guarda e uma das maiores da região.
Residência sénior, lares residenciais para deficientes, centros de estudos, cantina e loja social, escola profissional e residência de estudantes são as valências que mobilizam muita gente e obrigaram desde cedo a planos de prevenção da pandemia.
Apesar dos investimentos, mantêm-se duas dezenas de casos activos, na área de alojamento de idosos. Trata-se de uma pequena percentagem no universo da instituição, mas uma só situação que fosse mereceria toda a preocupação, como reconhece a presidente da fundação, Marília Raimundo, ela própria testada positiva, sem sintomas e já recuperada.
Ainda que relativamente poucos, na proporção das respostas sociais que abrange, os casos acabaram por ser detectados e circunscritos devido a uma estratégia que fez com que a fundação fosse referida por maus motivos, mas como consequência de boas práticas. Isto porque a política de testes tem sido permanente e repetida, e não apenas quando surgiu uma suspeita ou uma infecção confirmada.
Assim, quanto maior o número de testes e quanto mais cedo forem realizados maior é também a possibilidade de surgirem novos casos assintomáticos. Este é o caminho para uma resposta rápida, considera a responsável.
Marília Raimundo critica a demora na tomada de medidas, a nível central, para prevenir a segunda vaga da pandemia. «Agora há uma corrida atrás dos acontecimentos», lamenta.
No caso da fundação a que preside, elenca os investimentos feitos atempadamente na Escola Profissional, nas cantinas e nas áreas de resposta a idosos e deficientes, que incluíram o reforço de recursos humanos com preparação técnica.
E mostra-se preocupada com o futuro da Guarda e com os impactos das medidas agora tomadas na subsistência do comércio local.
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