A antiga presidente da Câmara da Guarda, Maria do Carmo Borges, diz não acreditar que exista um único guardense para quem o Teatro Municipal seja indiferente e que, se tivesse que decidir de novo a construção do equipamento, a única alteração seria ao nível do estacionamento, que apenas serve directamente um dos edifícios. Maria do Carmo Borges presidiu ao executivo que tomou a decisão política de lançar a obra. Desde meados da década de 90 que a Câmara falava na necessidade da construção de uma sala de espectáculos. Com o fecho do Cine-Teatro, nos anos 80, passaram a existir dois espaços de muito menor dimensão: o Cine-Estúdio Oppidana (aberto em 1988), nas traseiras do Hotel de Turismo, e o auditório municipal no novo edifício dos Paços do Concelho (inaugurado em 1993). A solução da compra e recuperação do Cine-Teatro não teve adeptos nos executivos após a saída de Abílio Curto. A Câmara presidida por Maria do Carmo Borges acabou por optar pelos terrenos detrás do velho quartel (para onde a antiga vereadora com o pelouro do Desporto tinha chegado a projectar um complexo para a prática de ténis). O projecto arrancou no início da primeira década deste século e foi inaugurado a 25 de Abril de 2005, pouco depois da saída de Maria do Carmo Borges para ocupar o cargo de governadora civil. É Álvaro Guerreiro quem figura na placa da inauguração como presidente da Câmara, juntamente com a ministra da Cultura do primeiro governo de José Sócrates, Isabel Pires de Lima. Lembranças e testemunhos na semana em que o Teatro Municipal da Guarda completa dez anos e fazemos, no Fórum Altitude (esta quarta-feira, a partir das 11 horas), a pergunta «Que futuro para o TMG?».
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