No último sábado, dezenas de crianças institucionalizadas do distrito da Guarda encontraram-se na Aldeia SOS da cidade mais alta para a segunda Assembleia de Jovens. Desta vez o objetivo era perceber «como é a casa de acolhimento ideal?».
Quanto às casas de acolhimento, os jovens descrevem a casa ideal como sendo de «dimensão pequena, o mais semelhante a uma habitação familiar», e pedem a oportunidade de «decorar os quartos consoante o gosto individual». Querem também «casa de banho privada e espaço exterior». Os jovens preferem ainda viver com um «número pequeno de crianças de modo a minimizar os conflitos» e solicitam poder usar o telemóvel «a partir dos 13 anos sem supervisão», bem como a possibilidade de ir aos aniversários de colegas de turma e a participação na elaboração da ementa e confeção dos alimentos.
Sugerem fins-de-semana com «mais liberdade» e a possibilidade de poderem escolher o vestuário «consoante o gosto individual». No que toca à interação com o meio, os jovens institucionalizados do distrito pedem que a «escola seja fora da casa de acolhimento», a possibilidade de «conhecer lugares e sítios novos» e «mais atividades por semana». Por fim, entre a lista de solicitações para a «casa de acolhimento ideal», os participantes querem «mais visitas da família, mais idas a casa, telefonemas com mais regularidade» e pedem a «possibilidade de haver um espaço na casa de acolhimento onde possam estar com a família».
As medidas aprovadas pelos jovens institucionalizados do distrito da Guarda vão ser entregues no Dia da Criança a Ana Mendes Godinho, que promete «discuti-las e implementá-las» na Guarda e no país.