O médico José Valbom foi hoje o protagonista do “Argumentário”, a grande entrevista da semana. Tanto tem sido dito acerca da saúde nos últimos dias que a temática propriamente dita tem ficado esquecida. Porque, em rigor, não é de saúde que se fala quando vêm ao de cima acontecimentos, como o email dos responsáveis de um partido politico ao ministro da tutela a exigir a nomeação de comissários de confinça para o conselho de administração da ULS da Guarda – e este é apenas um dos “casos” dos últimos tempos. Falando mesmo de saúde, o convidado da edição de hoje constata que o país está desigual. Outra conclusão do clínico: a partir de Lisboa olham para as estruturas de cuidados médicos do interior do país como meros excessos. Por isso José Valbom desafia toda a cidade a bater-se pela defesa do Hospital. Também falou da candidatura independente que integrou, em 2013, para recordar que a lista liderada por Virgílio Bento chegou a ter um terço das intenções de voto em sondagens. Àguas passadas mas com um alerta: nas próximas autárquicas demonstrará maior inteligência política a força concorrente que souber atrair esta faixa da população, que não se move por lógicas partidárias. Quanto ao balanço do mandato, considera-o globalmente positivo. Mas diz que os grandes desafios estão para vir.
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