O reeleito presidente da federação distrital do PS manifesta-se disponível para «tudo o que o partido me pedir» e não exclui nenhum cenário de participação política, embora garanta que não tem «ambições pessoais» e que tem ocupado todos os cargos, até hoje, «por vontade dos militantes».
Há seis anos à frente da estrutura socialista, reconhece que a derrota nas autárquicas na Guarda, em 2013, foi um dos piores momentos que o partido viveu mas rejeita responsabilidades directas.
José Albano Marques diz mesmo que quer desde já ajudar a «construir as pontes necessárias» para reunificar a família socialista e apresentar uma solução que ambicione a reconquista do antigo bastião.
Não será tarefa impossível, considera, pois o eleitorado da Guarda, no entender no líder distrital do PS, já entrou «em desalento» em relação ao que vai de mandato de Álvaro Amaro. O actual presidente da autarquia guardense limita-se, na leitura de José Albano, «a fazer festas e a inaugurar as grandes obras que o PS tinha em curso».
Para trás fica a má experiência, cuja responsabilidade atribui ao PS concelhio, que «devia ter encontrado uma solução onde todos pudessem encontrar o seu espaço dentro do projecto». O que aconteceu foi o precisamente o contrário, aponta o presidente da federação, e a consequência foi que «a sociedade civil não gostou das escolhas do PS e da forma como foi gerido o processo», o que levou a que o eleitorado visse nas listas socialista para as autárquicas na Guarda «um partido gasto».
José Albano Marques também quer inverter o mau resultado nas legislativas de 2011 e recuperar pelo menos um deputado para o PS. Para isso tem um plano de acção a nível partidário e posições concretas em relação a várias causas, a começar pela saúde e pelo ensino superior.
É a primeira entrevista do líder distrital do PS após as eleições federativas de sexta-feira, na qual José Albano Marques esclarece também que a sede do partido na Guarda é «da federação distrital» e que outros órgãos, como a comissão política concelhia, têm apenas direito a «espaços cedidos».
Oiça aqui: