Um grupo de 25 clubes em risco de descida no Campeonato de Portugal, entre os quais o Vila Cortez do Mondego, quer impugnar a prova por considerar que o terceiro escalão nacional é «uma mentira», devido às alterações regulamentares feitas no decorrer da competição.
O grupo de clubes em causa dá conta em comunicado de que «vai encetar um conjunto de medidas de luta para defender os interesses dos clubes e repor a verdade desportiva», pretendendo também «evitar a homologação das classificações pela Federação Portuguesa de Futebol».
O grupo dos “aflitos” acusa o organismo de «criar um fosso de injustiça, que encobre de forma grave a verdade desportiva e a integridade da competição», depois de ver o regulamento alterado.
Quanto à subida de outros clubes ao Campeonato de Portugal, o grupo dos 25 sublinha que «a maior parte das competições distritais não se disputou, tendo mesmo algumas sido interrompidas em Janeiro devido à pandemia, pelo que seria uma injustiça haver clubes a subir de divisão sem terem pelo menos 50% do campeonato realizado e por isso seria perverter a verdade e a justiça desportiva», dizem os clubes contestatários.
O grupo vai agora interpelar a FPF, deixando a garantia de que «não está disponível para aceitar as alterações regulamentares e as consequências graves que as mesmas causarão aos clubes».
No momento em que terminou o campeonato, o treinador do Vila Cortez, Rui Nascimento, já dava a entender que “andava qualquer coisa no ar”. Na altura comentava-se nos bastidores o caso de alguns clubes da Madeira.
As conversas deram entretanto origem a um movimento de contestação formado por 25 clubes que se sentem injustiçados.
Desta forma há uma pequena luz ao fundo do túnel para a equipa do concelho da Guarda, que eventualmente ainda poderá conseguir a permanência no Campeonato de Portugal – que na próxima época será a 4ª divisão do futebol português.
Este movimento de contestação dos 25 clubes e a criação da “Liga 3” poderão levar a Federação a repensar os quadros competitivos. Um assunto para seguir com atenção nos próximos tempos.
O presidente do Vila Cortez, Lúcio Gonçalves, contactado pela rádio, não quis por agora fazer qualquer comentário.