A Guarda recusou mais duas competências descentralizadas da administração central para a Câmara. Na educação e na saúde a Assembleia Municipal desta aprovou por maioria a argumentação da autarquia. Num caso porque a contrapartida financeira para tomar conta de edifícios é escassa e criar-se-ia uma discrepância nas carreiras do pessoal a integrar. No outro porque, existindo uma entidade pública empresarial (a ULS), o modelo de descentralização não se enquadra. Ficou, no entanto, ressalvada a votação favorável para que a Comunidade Intermunicipal aceite as competências que entenda. Mas o Partido Socialista votou contra a rejeição porque entende que a Câmara devia fazer um esforço e aceitar algumas das competências. E isto levou o presidente da Junta da Guarda, João Prata, a colocar-se ao lado do executivo e a propôr um significado jocoso para as iniciais PS. O líder da bancada socialista, Agostinho Gonçalves, respondeu na mesma moeda mas não sem destacar a avaliação positiva que faz do adversário político enquanto presidente da junta eleito pelo PSD. E no debate de uma moção apresentada pelo PSD a reclamar o regresso à capital do distrito da força especial de bombeiros (que no Verão passado foi provisoriamente deslocada para Trancoso), o líder do PS reconheceu que a decisão neste momento já é mais política do que técnica.
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