A Guarda foi em 2017 a cidade da Beira Interior onde o número de desempregados inscritos no Centro de Emprego mais diminuiu em termos relativos. A redução foi mesmo mais acentuada, em percentagem, do que na região centro e no país.
Comparando os dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Dezembro de 2017 o número de inscritos no concelho da Guarda foi 23 por cento menor do que no mesmo mês de 2016.
A redução global no país foi no mesmo período de 15,7 por cento e na região centro de 17 por cento.
Na Covilhã foi de 16 por cento e em e em Castelo Branco de 11 por cento.
Nas cidades médias à escala dois dois distritos, Seia teve 13 por cento de redução de desempregados inscritos e Fundão 14 por cento.
Em números absolutos, o concelho da Guarda tinha no final de 2016 um total de 1.772 inscritos no Centro de Emprego, que baixou para 1.366 em Dezembro de 2017. A Covilhã passou de 2.571 para 2.161, e Castelo Branco de 1.894 para 1.679. No Fundão a redução foi de 1.355 para 1.157, e em Seia de 1.017 para 883.
1.366 desempregados na Guarda (em Dezembro de 2017) é o número mais baixo desde 2004, o primeiro ano sobre o qual háestatísticas públicas do IEFP. Nessa altura, há 13 anos o concelho tinha 1.542 pessoas à procura de emprego.
O pico do desemprego foi atingido a partir de 2010 e do encerramento da Delphi, crescendo até ter atingido o 3 mil inscritos em 2012.
Em 2013, no mesmo mês de Dezembro, eram 2.623 os desempregados oficiais no concelho da Guarda. Em quatro anos houve menos 1.275 e menos 406 só de 2016 para 2017.
Não existem dados públicos sobre a criação efectiva de emprego durante o mesmo período mas o coordenador do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior, José Pires Manso, conclui com base em vários indicadores disponíveis a economia da Guarda soube recuperar melhor da crise, em comparação com outras cidades.
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