A 12ª edição do festival de arte urbana Wool começa no sábado, na Covilhã. Até ao final do mês estão programadas conferências, instalações, exposições, música, cinema e, sobretudo, novas pinturas murais na zona histórica da cidade.
Os artistas convidados este ano são os espanhóis Boa Mistura, Lidia Cao e Ampparito, bem como o grego Stelios Pupet e a portuguesa Lígia Fernandes. A par da arte urbana, o Wool é complementado com música. As artistas Bia Maria, que vai trabalhar com o recém-criado Coro Viés – Vozes em Intervenção da Coolabora, e Surma vão participar em residências artísticas e concertos, agendados para dia 28 e dia 27, respetivamente. Já Vasco Fazendeiro & João Semedo, Má-Hora e o projeto LX30, que junta Mariana Lisboa e Hugo Farinha, vão dar miniconcertos pela cidade, junto a três murais em execução. Também com curadoria da CISMA, o artista Umbra vai estrear uma vídeo-instalação sobre a efemeridade dos murais. O festival covilhanense vai ainda contar com uma conferência do curador e investigador francês Olivier Landes, diretor artístico da Associação Art en Ville, e de Maria Vlachou, diretora executiva da Acesso Cultura.
Será também exibido o documentário “Crossroads – A viagem circular dos Boa Mistura (2022)”, realizado por Dan Barreri, sobre o trabalho do coletivo espanhol. Outro destaque é a “Rua Wool”, que vai fechar o centro histórico da Covilhã para nove horas de atividades diversas, com o Wool, o mais antigo festival de arte urbana de Portugal, a terminar com a divulgação dos resultados da ação artística comunitária “Todos Somos o Outro”. Para Lara Seixo Rodrigues, diretora artística da Mistaker Maker – Plataforma de Intervenção Artística e responsável pela organização, «num momento em que o mundo está mergulhado em conflitos, violência e uma crescente indiferença e individualidade, mais do que nunca ambicionamos afirmar o WOOL como um projeto e manifesto artístico coletivo».