As autarquias da Guarda, de Celorico da Beira e de Almeida foram as únicas do distrito da Guarda que celebraram contratos públicos com a empresa Proengel, fundada e gerida por Carlos Santos Silva, o gestor detido no âmbito do processo que envolve o antigo primeiro-ministro, José Sócrates.
Com a câmara da Guarda a Proengel – Projectos de Engenharia e Arquitectura, Lda, foi beneficiária de um ajuste directo no valor de 17 mil euros, assinado em Novembro de 2009. Segundo o contrato, a empresa teria 30 dias para realizar uma alteração ao plano de pormenor do novo pólo industrial da Guarda, ou seja, de uma área integrada na Plataforma Logística.
Para a autarquia de Celorico da Beira teria que elaborar, no prazo de 110 dias e de acordo com o contrato datado de 17 de Março de 2011, a avaliação ambiental estratégica para o plano director municipal. O trabalho teria um valor de 19.800 euros.
Em Almeida, o ajuste directo com a câmara foi celebrado há um ano e meio, em Maio de 2013, e teve a ver com a elaboração de projectos de especialidades para a remodelação de instalações do destacamento e posto territorial de Vilar Formoso da GNR. Custou 39 mil euros.
No distrito a Proengel fez ainda projectos para a Águas do Zêzere e Côa.
Constituída em 2006, a sociedade (que tem sede na freguesia de Teixoso, concelho da Covilhã) passou a ter Carlos Santos Silva como gerente a partir de 2009 e desde ess data já fez 86 contratos com entidades públicas, no valor global de mais de 3 milhões e 700 mil euros. Os clientes são sobretudo câmaras municipais, mas também empresas do grupo Água de Portugal e a Estradas de Portugal.
Desse total, o número de contratos celebrados na vigência do anterior governo (de José Sócrates) e do actual (de Passos Coelho) foi exactamente o mesmo: 43.