O embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal quer ser um diplomata económico do século XXI e dispõe-se a ser intermediário na instalação de uma ou mais empresas norte-americanas nesta zona. Robert Sherman esteve esta semana na Guarda, onde fez uma visita demorada à Fundação João Bento Raimundo, para contactar os responsáveis e conhecer as respostas sociais da instituição. Antes, foi recebido na Câmara pelo presidente, Álvaro Amaro, e quis saber em que condições poderão ser acolhidas as firmas norte-americanas que eventualmente se interessem em vir para cá. A cidade recomenda-se, diz o diplomata. Sherman diz que não quer ser apenas embaixador em Lisboa e no Porto ou percorrer os circuitos mais elevados da diplomacia. Assumidamente gosta de Portugal e está a dar a volta ao país para o conhecer melhor e indicá-lo aos investidores norte-americanos. Ainda há poucos dias o governo português teve uma reunião com responsáveis de uma marca norte-americana de construção de automóveis eléctricos. Tendo em conta a quantidade de empresas da fileira da construção de componentes automóveis na Guarda, a experiência e o perfil dos trabalhadores portugueses, é uma hipótese a avaliar seriamente numa conversa que vai ter com os administradores, admite o embaixador. «Vim ao interior do país para compreender os desafios aqui, conhecer a região, falar com o presidente da Câmara, para saber a visão que tem para a Guarda e avaliar as eventuais possibilidades de pôr a trabalhar em conjunto o município com empresas nos Estados Unidos para ajudar a condição económica aqui», referiu na entrevista à Rádio, adiantando que «tivemos uma excelente reunião e antevejo que vamos voltar a falar lá mais para a frente». Impressionado, também, com a instituição que visitou, a Fundação João Bento Raimundo: «É extraordinária. Estou muito familiarizado com instituições similares nos Estados Unidos, onde passei grande parte da minha vida a trabalhar com centros de acolhimento para idosos,  crianças ou portadores de deficiência.  E esta é a melhor instituição que já vi aqui. É um motivo de orgulho e obviamente reflecte visão e compromisso».

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