Os trabalhadores dos CTT estão em greve, hoje e amanhã, sobretudo pela manutenção dos empregos, numa altura em que foi anunciada a redução de 800 postos de trabalho durante os próximos 3 anos. Mas também contra a «degradação do serviço». Zulmiro Almeida, antigo responsável do Sindicato dos Correios e Telecomunicações na Guarda, diz que a greve era inevitável numa altura em que se notam particularmente os efeitos da privatização da empresa, sobretudo nas regiões do Interior. Protagonista de lutas antigas, Zulmiro Almeida teme que a empresa repita o que fez no início da década, quando decidiu fechar centenas de estações de correios. Na Guarda, o sindicalista diz ter feito tudo para tentar travar o encerramento de estações que diziam muito à cidade, como a do Sanatório, e recorda o que diz ter sido o desinteresse do poder político perante o assunto. Agora receia que a actual estação da Guarda-Gare possa ter o mesmo fim.
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