Tivessem existido conversas há muito mais tempo e hoje e o PS e o Bloco de Esquerda, pelo menos, estariam em condições de apoiar uma candidatura conjunta à Câmara da Guarda nas próximas eleições autárquicas. Na edição desta semana do “Argumentário” (o espaço de grande entrevista da Rádio) o coordenador distrital do Bloco de Esquerda, Marco Loureiro, lamentou que o Partido Socialista tenha começado a preparar o processo demasiado tarde – na prática só depois de Álvaro Amaro ter confirmado a recandidatura. Não é que agora o Bloco feche completamente as portas a uma «geringonça» local, mas nesta altura o partido já prepara as próprias candidaturas à Câmara, à Assembleia Municipal e à Freguesia da Guarda. Mas o ideal era que tivesse surgido uma figura que pudesse encabeçar uma candidatura independente. Nesse caso, o Bloco de Esquerda teria admitido retirar os próprios candidatos e desafiaria o Partido Socialista a fazer o mesmo (e, eventualmente, também o PCP). Seria uma grande frente de esquerda e centro-esquerda contra Álvaro Amaro, que poderia até abranger franjas da própria coligação que actualmente tem o poder na Câmara.
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