Henrique Ahnfelt, luso-sueco que faz consultadoria nas áreas do marketing territorial e do turismo, acha que a Guarda «é uma cidade difícil para ciclistas» mas admite que esteja neste nicho de mercado uma das apostas de futuro para a cidade. Que mais não seja porque os públicos-alvo, que caracteriza de modo irónico como «maluquinhos das bicicletas», «andam por serras acima e serras abaixo e ainda por cima são pessoas que têm dinheiro».
Aparentando desconhecer que há na Guarda um crescente número de praticantes e atletas que competem em várias modalidades de ciclismo e que, uma semana antes, a já famosa prova local "Invernal de BTT" juntara cerca de 400 participantes oriundos de todo o país e de Espanha, o orador na primeira edição das "Conferências da Guarda" fez outros diagnósticos bastante mais realistas quanto às fragilidades da cidade no plano do turismo: uma é a falta de comunicação ao nível da oferta turística; a outra é a incapacidade, que tem existido, de afirmação enquanto base de visita à Serra da Estrela.
Álvaro Amaro, presidente da Câmara (que organizou a conferência), considerou importante ouvir apreciações «de quem vem de fora», numa perspectiva de «agitar consciências».
O autarca também espera que o novo Plano Estratégico do concelho tenha execução rápida e dê «melhores resultados» do que a anterior versão, que data de há quase duas décadas. Sérgio Barroso, membro da equipa que produziu o documento inicial à qual foi encomendada a revisão, foi outro dos intervenientes do encontro, que decorreu no passado sábado.
Oiça aqui as reportagens completas: